Acesso à água é prioridade dos nordestinos, segundo Ipea
As
opções assinadas no Nordeste, como acesso a alimentos e combate a
mudanças climáticas, são todas reflexos da seca (Foto: O Povo)
De acordo com a pesquisa, a prioridade pelo acesso à água é reflexo da seca e também influencia as outras preferências dos nordestinos, que são o acesso a alimentos e ocombate a mudanças climáticas. A comparação entre o Nordeste e o Sudeste foi a que apresentou as maiores diferenças de prioridades, pois os residentes na região Sudeste elegeram com mais frequência a governança, a educação e o meio ambiente, prioridades destacadas também no topo da distribuição de renda do Brasil.
As chuvas acumuladas entre 1º de fevereiro e 31 de maio, no Ceará, têm uma média histórica de precipitações de 607,5 milímetros, segundo dados Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
O estudo do Ipea foi realizado em mais de 210 cidades brasileiras e 3.810 pessoas foram entrevistadas. Os resultados foram apresentados pelo presidente do Instituto e ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR), Marcelo Neri, na manhã desta quinta-feira, 12, em Brasília.
Brasil
A melhoria dos serviços de saúde foi a opção assinalada como prioridade por 87,64% dos 3.810 entrevistados. Uma educação de qualidade (72,97%), a proteção contra o crime e a violência (61,44%), melhores oportunidades de trabalho (60,28%), um governo honesto e atuante (59,85%), além do acesso a alimentos de qualidade vêm na sequência na lista das escolhas, feitas entre 16 opções ordenadas aleatoriamente.
Na comparação com o restante do mundo, brasileiros estão mais preocupados com o crime e a violência (4° na lista de prioridades do Brasil e a7° no resto do mundo). Da mesma forma, os brasileiros deram mais atenção ao tema do combate às mudanças climáticas. A opção aprece em 13º e, para o resto do mundo, em 17º.
Diferenças de prioridades
Comparando aqueles com até a 4ª série com os que possuem nível superior, a proteção social e o combate à violência, além de acesso a oportunidades de trabalho, figuraram com mais destaque nas prioridades dos menos escolarizados. Os mais pobres, em relação aos mais ricos, também priorizam mais proteção social, oportunidades de e proteção contra o crime e a violência. Entre os beneficiários das políticas sociais, as prioridades diferenciam-se quanto ao acesso à água potável e ao saneamento, a oportunidades de trabalhos e a alimentos de qualidade.
Na agenda jovem, os indivíduos de 15 a 29 anos, em comparação aos demais adultos, mostraram mais interesse na educação de qualidade , eliminação do preconceito e da discriminação e liberdades políticas. Os mais velhos priorizaram mais governo honesto e aposentadoria. No que diz respeito às mulheres, as prioridades são o acesso a alimentos de qualidade e à água potável e saneamento, além de educação de qualidade. Já os homens enfatizaram mais governo honesto e atuante, liberdades políticas e melhoria dos transportes e estradas.
Fonte: O Povo
0 comentários:
Postar um comentário